28 outubro 2013

A Camada de Ozônio

 A camada de ozono localiza-se a cerca de 10 a 50 Km por cima das nossas cabeças. Quimicamente é formada por 3 átomos de oxigénio ligados entre si (Fórmula molecular: O3).
   O oxigénio é uma molécula constituída por 2 átomos de oxigénio (O2), os raios ultravioletas provenientes do Sol dissociam a molécula e o oxigénio pode-se separar ficando os seus átomos livres (O), para se ligarem ao oxigénio molecular (O2), o que origina o Ozono, de acordo com a figura abaixo apresentada:
Mecanismo de formação da molécula de ozono.
Figura 2 - Esquema do mecanismo de formação da molécula de ozono.
 
 
A camada de ozono serve para proteger o nosso planeta
Figura 1
A camada de ozono protege o nosso Planeta Terra
 
 
   O Ozono é a camada que nos protege dos raios ultravioletas vindos do Sol, pois serve de filtro à radiação solar ultra violeta (UV), desempenhando uma função essencial para a vida na Terra. Estas radiações podem provocar cancro de pele e também podem danificar o sistema imunológico humano, tornando as pessoas mais vulneráveis a doenças infecciosas. Calcula-se que uma diminuição de 1% na espessura da camada provocaria um aumento de 3 a 6% no aparecimento do cancro da pele.
   Qualquer alteração na camada de ozono pode modificar drasticamente o clima.
 
 
O que é o buraco da camada de ozono ?
    
   Ouve-se falar com frequência do buraco do ozono, na verdade não se trata de um verdadeiro buraco, mas sim de uma diminuição da espessura da camada.
   Todos os anos, pela Primavera por cima da Antárctida reaparece o "buraco" de ozono que tem o tamanho dos E.U.A. Ao longo do ano, com as mudanças de ventos o "buraco" enche-se de ozono vindo do restante planeta, o que implica um decréscimo da espessura da camada nos outros locais. Só a título de exemplo, no Canadá durante o Inverno, a camada de ozono está cerca de 20% abaixo dos seus valores normais.
Os causadores da diminuição da camada, já todos sabemos que tem a ver com a poluição, e desta o uso dos CFC, é o principal responsável. Os CFC, denominados clorofluorcarbonetos, são compostos químicos que se encontram nos gases utilizados para a refrigeração, como nas grelhas refrigeradoras dos frigoríficos e aparelhos de ar condicionado, estando também presentes em alguns aerossóis (vulgarmende designados por sprays).
   Estes CFC, têm cloro na sua composição e quando atinguem a camada de ozono o cloro através dos raios ultravioletas dissociam as moléculas de Ozono, voltando estes átomos a formar novas moléculas de O2 e não de O3, destruindo assim a camada.



O Efeito Estufa

A radiação solar compreende radiações luminosas (luz) e radiações caloríficas (calor), em que sobressaem as radiações infravermelhas.

As radiações luminosas são de pequeno comprimento de onda, pelo que atravessam facilmente a atmosfera. Pelo contrário, as radiações infravermelhas (radiações caloríficas) são de grande comprimento de onda, pelo que têm mais dificuldades em atravessar a atmosfera,  que, por intermédio do vapor de água, do dióxido de carbono e das partículas sólidas e líquidas, as absorve em grande parte.

   Por outro lado, as radiações luminosas (luz) absorvidas pela camada superficial do Globo são convertidas em radiações infravermelhas (calor), que continuamente vão sendo por ela libertadas (radiação terrestre).

   A atmosfera, tal como o vidro duma estufa, sendo pouco permeável a estas radiações, constitui como que uma barreira, dificultando a sua propagação para grandes altitudes. Uma parte é por ela absorvida e outra é reenviada, por reflexão (contra-radiação), para as camadas mais baixas, onde se acumula e faz elevar a temperatura.

O vapor de água, o dióxido de carbono, os óxidos de azoto, o metano e o as partículas sólidas e líquidas constituem os elementos fundamentais dessa barreira, já que são eles os principais responsáveis pela absorção e reflexão da radiação terrestre.
A figura apresentada em baixo, explica de forma mais detalhada o efeito de estufa:
Esquema que mostra o mecanismo responsável pelo efeito de estufa no nosso planeta
Figura 1 - O Efeito de estufa
Explicação do mecanismo responsável pelo efeito de estufa
Figura 2 - Explicação do mecanismo que provoca o efeito de estufa 
A importância do efeito de estufa
   O efeito de estufa assume uma importância extraordinária para a vida na Terra. Na verdade, se o calor libertado pela superfície terrestre não encontrasse qualquer obstáculo à sua propagação, o mesmo escapar-se-ia para as altas camadas da atmosfera ou mesmo para o espaço extra-atmosférico, o que teria como consequência um arrefecimento de tal modo intenso (sobretudo durante a noite) que tornaria o nosso planeta inabitável. Esta é, portanto, a face positiva do efeito de estufa.

   Mas, o aumento da quantidade de gases e outras substancias poluentes (com destaque para o dióxido de carbono) lançados para a atmosfera pelas diversas actividades humanas, sobretudo através da queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo, gás natural) na indústria e nos veículos motorizados, e também pelos grandes incêndios florestais, tem vindo a acentuar o efeito de estufa com o consequente e indesejável aumento da temperatura na troposfera.

   Estudos existentes apontam para subidas da temperatura global entre 1 °C e 4 °C dentro de trinta a cinquenta anos. Valor aparentemente pequeno, mas que, na realidade, constitui uma variação brutal è sem precedentes na história da Terra.

   Claro que do aumento da temperatura resultarão modificações mais ou menos profundas no regime das precipitações e no ciclo natural da água, bem como a fusão dos gelos das grandes calotes polares, o que provocará profundas alterações na fauna e na flora e a elevação do nível dos oceanos. Submergindo vastas zonas costeiras, o elevação do nível do mar provocará a emigração de dezenas de milhões de pessoas, a redução das áreas de cultivo e a salinização das fontes de água doce.
Quais os gases responsáveis pelo efeito de estufa ?
    Existem vários gases que actuam como responsáveis pelo efeito de estufa:
  • Dióxido de Carbono(CO2- Originado pela combustão de combustíveis fósseis: petróleo, gás natural, carvão, desflorestação (libertam CO2 quando queimadas ou cortadas). O dióxido de carbono é responsável por cerca de 64% do efeito estufa. Diariamente são enviados cerca de 6 mil milhões de toneladas de CO2 para a atmosfera.

  • Clorofluorcarboneto (CFC) - Quando começou a ser utilizado, o freon, o mais conhecido CFC, parecia a solução perfeita para os problemas da refrigeração, por não se dividir e não causar danos ao seres vivos, muito melhor que o produto anteriormente utilizado, a amónia. Porém, recentemente verificou-se que os CFC sofrem fotólise quando submetidos a radiação ultravioleta, dividindo-se na altura da camada de ozono onde a presença desses raios são constantes. Foram muito utilizados em sprays, frigoríficos, motores de aviões, plásticos e solventes utilizados na indústria electrónica. Este composto é responsável por cerca de 10% do efeito de estufa. O tempo de duração do composto é de 50 a 1700 anos. Como alternativa e estes compostos (CFC`s), existem hoje vários projectos para diminuir a utilização dos CFC, mas eles têm sido dificultados pelo seu uso principalmente na refrigeração. Uma das alternativas tem sido os hidroclorofluorocarbonetos (HCFC), haloalcanos em que nem todos os hidrogénios foram substituídos por cloro ou flúor. O seu impacto ambiental tem sido avaliado como sendo de apenas 10% do dos CFC. Outra alternativa são os hidrofluorcarbonetos (HFC) que não contêm cloro e são ainda menos prejudiciais à camada de ozono, porém apresentam alto potencial de aquecimento global, ou seja, eles contribuem para o efeito de estufa.

  • Metano (CH4) - Este gás é produzido em campos de arroz, pelo gado e pelas lixeiras. É responsável por cerca de 19 % do efeito de estufa.


  • Ácido nítrico (HNO3) - É produzido pela combustão da madeira e de combustíveis fósseis, pela decomposição de fertilizantes químicos e por micróbios. É responsável por cerca de 6% do efeito estufa.



Causa da chuva ácida resumo


Infelizmente quem não gosta muito de química, agora vai precisar colocar um pouco os seus conhecimentos aqui. Tudo em nosso meio tem um pH, é uma forma de quantificar determinada substância em ácida ou básica. A chuva ácida é um nome dado á qualquer chuva que possua um valor com pH inferior a 4,5 unidades.
O que é?
  Esta acidez da chuva é causada quando alguns gases da atmosfera terrestres se tornam solúveis (dissolvem) á água resultando assim em ácido, seja ele sulfúrico, clorídrico, nítrico, dentre outros. Alguns gases que se destacam nesta formação do ácido é o enxofre, resultante da queima de combustíveis fósseis, como a emissão das queimas dos vulcões, gases emitidos pelas indústrias e pelos veículos.
O que causa?
  Por isso podemos juntar o aquecimento global e emissão de gases poluentes, como fatores que ajudam na formação de chuvas ácidas e do aquecimento global. Estes gases podem ser transportados durante muito tempo, podem percorrer milhares de quilômetros na atmosfera antes de encontrarem a água e reagirem com ela, originando os ácidos, o que mais tarde se precipitam.
Essa precipitação ácida ocorre quando uma concentração de dióxido de enxofre (SO2) e óxido de azoto (NO, No2, NO2O5) é suficiente para reagir com as gotas de água suspensas no ar. Esta chuva ácida é muito forte e perigosa, sabendo que ela tem o poder de transformar um mármore em gesso.
A chuva ácida já é um problema em muitos países, como China, Rússia e Europa Ocidental, onde nestes países a poluição é especialmente da queima de carvão com enxofre na sua composição, que é utilizado para gerar calor e eletricidade.
Como se transforma em chuva ácida?
Essa se transforma quando ocorre à concentração de dióxido de enxofre e o oxido de azoto que são suficientemente potentes para reagir com as gotas de água que são suspensas no ar, formando então a chuva acida da chuva comum.
Quais as conseqüências?
  Contaminação dos rios por causa da liberação de metais tóxicos que estavam no solo, corrosão de materiais de construção, acidificação de lagos matando toda e qualquer vida existente neles, morte de algumas árvores e destruição de plantas e lavouras.
Solução:
Sabendo que não há maneiras de inibir a ação da natureza vamos ao menos fazer a nossa parte diminuindo a emissão dos gases dos carros e das indústrias, afinal a chuva acida retorna novamente com a preocupação sobre o aquecimento global, já que por sua vez ela ajuda a destruir nossa camada de ozônio.



25 abril 2013

BACIAS HIDROGRÁFICAS


Conceitos Básicos

   Bacias hidrográficas são definidas como áreas nas quais a água escoa para um único ponto de saída, conhecido como seção de controle. Todos os corpos d’água que nascem nas cabeceiras de uma bacia fluem para a seção de controle, também conhecida como exutório da bacia. Portanto, consiste de uma área na qual ocorre uma captação da água proveniente da atmosfera e que é convertida em escoamento, a partir de limites geográficos, conhecidos como divisores de água, e direcionamento do fluxo para a seção de controle.
   Bacias hidrográficas normalmente fazem parte de outras bacias de maior porte e assim sucessivamente, até as grandes bacias como do Rio Paraná, São Francisco e Amazonas. Sendo assim, a adoção do termo sub-bacia hidrográfica pode ser mais apropriado, haja vista que os critérios de definição quanto ao tamanho, são
imprecisos. Assim, tem-se, por exemplo: a bacia hidrográfica, da qual o Campus da UFLA faz parte, é integrante de uma bacia maior, que engloba o município de Lavras; esta por sua vez, integra a bacia do Alto Rio Grande. A bacia do Alto Rio Grande é uma sub-bacia da bacia do Rio Grande, a qual possui sua seção de controle junto à sua afluência junto ao Rio Paranaíba, formando assim, o Rio Paraná, sendo, portanto,
uma sub-bacia da Bacia do Rio Paraná. Observa-se que todos os pequenos corpos d’água que nascem na bacia da UFLA atingirão o oceano Atlântico, na seção de controle da Bacia do Rio Paraná, na Argentina
.
Destacam-se os seguintes elementos fisiográficos numa bacia hidrográfica:
  •  Divisores de Água: linha que representa os limites da bacia, determinando o sentido de fluxo da rede de drenagem e a própria área de captação da bacia hidrográfica;
  •  Seção de Controle: local por onde toda a água captada na bacia (enxurrada e corpos d’água) é drenada;
  • Rede de Drenagem: constitui-se de todos os corpos d’água da bacia e canais de escoamento, estes não necessariamente perenes. São canais perenes aqueles em regime permanente de fluxo. São considerados intermitentes os corpos d’água que fluem somente na época das chuvas, ou seja, quando as nascentes (aquíferos) estão abastecidas. Com a estação de déficit hídrico, tais canais podem vir a secar; e são efêmeros os canais pelos quais fluem água somente quando ocorre escoamento originado de precipitação, ou seja, a enxurrada. Quando a precipitação termina, o fluxo cessa em pouco tempo.

A rede de drenagem é extremamente importante para caracterização e manejo das bacias hidrográficas, determinando suas características de escoamento superficial¹ e o potencial de produção e transporte de sedimentos. Observa-se que estas propriedades hidrológicas são de grande importância para o manejo da bacia, especialmente no contexto ambiental e são diretamente influenciadas pelas características da rede de drenagem.
   Cobertura vegetal e classe de solos são ambas fundamentais para caracterização do ambiente e controlam a dinâmica da água dentro da bacia hidrográfica. Cada cobertura vegetal exerce uma influência diferente no tocante às características de evapotranspiração e de retenção da precipitação. Da mesma forma, os tipos de solo, que além do aspecto evaporativo, interferem decisivamente nos processos de infiltração de água e por conseqüência direta, nas características do escoamento superficial e transporte de sedimentos.
   Igualmente importante, é o formato da bacia hidrográfica. Bacias hidrográficas geralmente apresentam 2 formatos básicos, com tendência a serem circulares ou elípticas (alongadas). As formas têm importância especial no comportamento das cheias. As primeiras têm tendência de promover maior concentração da enxurrada num trecho menor do canal principal da bacia, promovendo vazões maiores e adiantadas, relativamente às bacias alongadas, que produzem maior distribuição da enxurrada ao longo do canal principal, amenizando, portanto, as vazões e retardando as vazões máximas.



Dadaísmo

Foi num café em Zurique, em 1916, onde cantores se apresentavam e era permitido recitar poemas, que o movimento dadá  surgiu. Depois do início da I Guerra Mundial, esta cidade havia se convertido em refúgio para gente de toda a Europa. Ali se reuniram pessoas de várias escolas como o cubismo francês, o expressionismo alemão e o futurismo italiano. Isto confere ao dadaísmo  a particularidade de não ser um movimento de rebeldia contra uma escola anterior, mas de questionar o conceito de arte antes da I grande guerra.
Não se sabe ao certo a origem do termo dadaísmo, mas a versão mais aceita diz que ao abrir aleatoriamente um dicionário apareceu a palavra dada, que significa cavalinho de brinquedo e foi adotada pelo grupo de artistas.
O movimento artístico conhecido como Dadaísmo surge com a clara intenção de destruir todos os sistemas e códigos estabelecidos no mundo da arte. Trata-se, portanto, de um movimento antipoético, antiartístico, antiliterário, visto que questiona até a existência da arte, da poesia e da literatura. O dadaísmo é uma ideologia total, usada na forma de viver e como a absoluta rejeição de todo e qualquer tipo de tradição ou esquema anterior. É contra a beleza eterna, contra as leis da lógica, contra a eternidade dos princípios, contra a imobilidade do pensamento e contra o universal. Os adeptos deste movimento promovem uma mudança, a espontaneidade, a liberdade da pessoa, o imediato, o aleatório, a contradição, defendem o caos perante a ordem e a imperfeição frente à perfeição.
Os dadaístas proclamam a antiarte de protesto, do escândalo, do choque, da provocação, com o auxílio dos meios de expressão oníricos e satíricos. Baseiam-se no absurdo, nas coisas carentes de valor e introduzem o caos e a desordem em suas cenas, rompendo com as antigas formas tradicionais de arte.
Um diretor de teatro, chamado Hugo Ball, e sua esposa criaram um café literário, cujo objetivo era acolher artistas exilados (Cabaret Voltaire), que foi inaugurado no dia 1º de fevereiro de 1916. Ali se juntaram Tristan Tzara (poeta, líder e fundador do dadaísmo) Jean Arp, Marcel Janko, Hans Richter e Richard Huelsenbeck, entre outros. O dadaísmo foi difundido graças à revista Dada e, através dela, as ideias deste movimento chegaram a New York, Berlin, Colônia e Paris.



Semana de Arte Moderna

Semana de Arte Moderna  de 1922, realizada em São Paulo, no Teatro Municipal, de 11 a 18 de fevereiro, teve como principal propósito renovar, transformar o contexto artístico e cultural urbano, tanto na literatura, quanto nas artes plásticas, na arquitetura e na música. Mudar, subverter uma produção artística, criar uma arte essencialmente brasileira, embora em sintonia com as novas tendências européias, essa era basicamente a intenção dos modernistas.
Durante uma semana a cidade entrou em plena ebulição cultural, sob a inspiração de novas linguagens, de experiências artísticas, de uma liberdade criadora sem igual, com o conseqüente rompimento com o passado. Novos conceitos foram difundidos e despontaram talentos como os de Mário  e Oswald de Andrade na literatura, Víctor Brecheret na escultura e Anita Malfatti na pintura.
O movimento modernista eclodiu em um contexto repleto de agitações políticas, sociais, econômicas e culturais. Em meio a este redemoinho histórico surgiram as vanguardas artísticas e linguagens liberadas de regras e de disciplinas. A Semana, como toda inovação, não foi bem acolhida pelos tradicionais paulistas, e a crítica não poupou esforços para destruir suas idéias, em plena vigência da República Velha, encabeçada por oligarcas do café e da política conservadora que então dominava o cenário brasileiro. A elite, habituada aos modelos estéticos europeus mais arcaicos, sentiu-se violentada em sua sensibilidade e afrontada em suas preferências artísticas.
A nova geração intelectual brasileira sentiu a necessidade de transformar os antigos conceitos do século XIX. Embora o principal centro de insatisfação estética seja, nesta época, a literatura, particularmente a poesia, movimentos como o Futurismo, o Cubismo e o Expressionismo começavam a influenciar os artistas brasileiros. Anita Malfatti trazia da Europa, em sua bagagem, experiências vanguardistas que marcaram intensamente o trabalho desta jovem, que em 1917 realizou a que ficou conhecida como a primeira exposição do Modernismo brasileiro. Este evento foi alvo de escândalo e de críticas ferozes de Monteiro Lobato, provocando assim o nascimento da Semana de Arte Moderna.
O catálogo da Semana apresenta nomes como os de Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Yan de Almeida Prado, John Graz, Oswaldo Goeldi, entre outros, na Pintura e no Desenho; Victor Brecheret, Hildegardo Leão Velloso e Wilhelm Haarberg, na Escultura; Antonio Garcia Moya e Georg Przyrembel, na Arquitetura. Entre os escritores encontravam-se Mário e Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia, Sérgio Milliet, Plínio Salgado, e outros mais. A música estava representada por autores consagrados, como Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernani Braga e Frutuoso Viana.
Em 1913, sementes do Modernismo já estavam sendo cultivadas. O pintor Lasar Segall, vindo recentemente da Alemanha, realizara exposições em São Paulo e em Campinas, recepcionadas com uma certa indiferença. Segall retornou então à Alemanha e só voltou ao Brasil dez anos depois, em um momento bem mais propício. A mostra de Anita Malfatti, que desencadeou a Semana, apesar da violenta crítica recebida, reunir ao seu redor artistas dispostos a empreender uma luta pela renovação artística brasileira. A exposição de artes plásticas da Semana de Arte Moderna foi organizada por Di Cavalcanti e Rubens Borba de Morais e contou também com a colaboração de Ronald de Carvalho, do Rio de Janeiro. Após a realização da Semana, alguns dos artistas mais importantes retornaram para a Europa, enfraquecendo o movimento, mas produtores artísticos como Tarsila do Amaral, grande pintora modernista, faziam o caminho inverso, enriquecendo as artes plásticas brasileiras.
A Semana não foi tão importante no seu contexto temporal, mas o tempo a presenteou com um valor histórico e cultural talvez inimaginável naquela época. Não havia entre seus participantes uma coletânea de idéias comum a todos, por isso ela se dividiu em diversas tendências diferentes, todas pleiteando a mesma herança, entre elas o Movimento Pau-Brasil, o Movimento Verde-Amarelo e Grupo da Anta, e o Movimento Antropofágico. Os principais meios de divulgação destes novos ideais eram a Revista Klaxon e a Revista de Antropofagia.
O principal legado da Semana de Arte Moderna foi libertar a arte brasileira da reprodução nada criativa de padrões europeus, e dar início à construção de uma cultura essencialmente nacional.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Semana_de_Arte_Moderna
http://www.pitoresco.com/art_data/semana/index.htm