25 abril 2013

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BACIAS HIDROGRÁFICAS


Conceitos Básicos

   Bacias hidrográficas são definidas como áreas nas quais a água escoa para um único ponto de saída, conhecido como seção de controle. Todos os corpos d’água que nascem nas cabeceiras de uma bacia fluem para a seção de controle, também conhecida como exutório da bacia. Portanto, consiste de uma área na qual ocorre uma captação da água proveniente da atmosfera e que é convertida em escoamento, a partir de limites geográficos, conhecidos como divisores de água, e direcionamento do fluxo para a seção de controle.
   Bacias hidrográficas normalmente fazem parte de outras bacias de maior porte e assim sucessivamente, até as grandes bacias como do Rio Paraná, São Francisco e Amazonas. Sendo assim, a adoção do termo sub-bacia hidrográfica pode ser mais apropriado, haja vista que os critérios de definição quanto ao tamanho, são
imprecisos. Assim, tem-se, por exemplo: a bacia hidrográfica, da qual o Campus da UFLA faz parte, é integrante de uma bacia maior, que engloba o município de Lavras; esta por sua vez, integra a bacia do Alto Rio Grande. A bacia do Alto Rio Grande é uma sub-bacia da bacia do Rio Grande, a qual possui sua seção de controle junto à sua afluência junto ao Rio Paranaíba, formando assim, o Rio Paraná, sendo, portanto,
uma sub-bacia da Bacia do Rio Paraná. Observa-se que todos os pequenos corpos d’água que nascem na bacia da UFLA atingirão o oceano Atlântico, na seção de controle da Bacia do Rio Paraná, na Argentina
.
Destacam-se os seguintes elementos fisiográficos numa bacia hidrográfica:
  •  Divisores de Água: linha que representa os limites da bacia, determinando o sentido de fluxo da rede de drenagem e a própria área de captação da bacia hidrográfica;
  •  Seção de Controle: local por onde toda a água captada na bacia (enxurrada e corpos d’água) é drenada;
  • Rede de Drenagem: constitui-se de todos os corpos d’água da bacia e canais de escoamento, estes não necessariamente perenes. São canais perenes aqueles em regime permanente de fluxo. São considerados intermitentes os corpos d’água que fluem somente na época das chuvas, ou seja, quando as nascentes (aquíferos) estão abastecidas. Com a estação de déficit hídrico, tais canais podem vir a secar; e são efêmeros os canais pelos quais fluem água somente quando ocorre escoamento originado de precipitação, ou seja, a enxurrada. Quando a precipitação termina, o fluxo cessa em pouco tempo.

A rede de drenagem é extremamente importante para caracterização e manejo das bacias hidrográficas, determinando suas características de escoamento superficial¹ e o potencial de produção e transporte de sedimentos. Observa-se que estas propriedades hidrológicas são de grande importância para o manejo da bacia, especialmente no contexto ambiental e são diretamente influenciadas pelas características da rede de drenagem.
   Cobertura vegetal e classe de solos são ambas fundamentais para caracterização do ambiente e controlam a dinâmica da água dentro da bacia hidrográfica. Cada cobertura vegetal exerce uma influência diferente no tocante às características de evapotranspiração e de retenção da precipitação. Da mesma forma, os tipos de solo, que além do aspecto evaporativo, interferem decisivamente nos processos de infiltração de água e por conseqüência direta, nas características do escoamento superficial e transporte de sedimentos.
   Igualmente importante, é o formato da bacia hidrográfica. Bacias hidrográficas geralmente apresentam 2 formatos básicos, com tendência a serem circulares ou elípticas (alongadas). As formas têm importância especial no comportamento das cheias. As primeiras têm tendência de promover maior concentração da enxurrada num trecho menor do canal principal da bacia, promovendo vazões maiores e adiantadas, relativamente às bacias alongadas, que produzem maior distribuição da enxurrada ao longo do canal principal, amenizando, portanto, as vazões e retardando as vazões máximas.





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